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Urbanismo e smart cities

Segundo um estudo realizado pela The World Population Prospects 2022, a população mundial chegará a 8 bilhões de pessoas em 15 de novembro deste ano. Serão 8,5 bilhões de pessoas até 2030.

Diante desse crescimento populacional, é essencial que as autoridades repensem cada vez mais a estruturação de suas cidades, a fim de garantir qualidade de vida e evitar problemas econômicos e sociais.

As Smart Cities – ou Cidades Inteligentes – são uma resposta a isso, um conceito iniciado lá atrás, em 1992, e que tem ganhado cada vez mais força em meio a preocupação com a sustentabilidade. Para algumas cidades espalhadas pelo mundo, esse conceito já é uma realidade.

O que são as smart cities (cidades inteligentes)?

Essencialmente, são cidades que usam a tecnologia para otimizar a mobilidade urbana, melhorar a infraestrutura, gerar soluções sustentáveis, dentre outras melhorias tão fundamentais para que uma cidade ofereça o melhor para os seus habitantes.

Todos os principais setores para o bom funcionamento de uma cidade ganham uma roupagem tecnológica: planejamento urbano, energia, coleta de lixo, habitação social, controle da poluição, entre outros.

Exemplos de smart cities pelo mundo

Existem duas maneiras de se criar uma smart city. A primeira, mais simples, é investir em uma cidade planejada onde todas as tecnologias e ações sustentáveis a serem usadas já estejam inclusas no projeto.

O maior destaque aqui vai para a linda cidade planejada de Songdo, na Coreia do Sul. Edifícios conectados a sistemas de monitoramento de energia a alarmes inteligentes é apenas o primeiro ponto. Não há caminhões de lixo por lá, uma vez que há um sistema em todos os apartamentos no qual os resíduos vão direto para a central de coleta de lixo e utilizados para abastecer incineradores responsáveis por gerar energia na cidade.

A segunda maneira de se criar uma smart city é reavaliar as cidades já existentes, identificar quais melhorias elas necessitam, e aplicar o conceito de forma estratégica.

Copenhague (Dinamarca) e Barcelona (Espanha) são dois grandes exemplos. A capital dinamarquesa está caminhando a passos largos para se tornar a primeira capital do mundo neutra em carbono até 2025. Isso se deve muito aos mais de 400km de ciclovias, chegando a mais de 40 mil ciclistas por dia. Estima-se que 63% do parlamento dinamarquês pedale todos os dias para o trabalho.

Já Barcelona, a exemplo de Songdo, tem investido pesado na gestão de resíduos. Por toda a cidade, o lixo é recolhido de hora em hora por escotilhas, viaja por uma tubulação instalada a 5 metros da superfície até chegar no centro de coleta. O lixo é então separado entre material reciclável e orgânico, sendo que o orgânico é transformado em combustível para gerar eletricidade para toda a cidade.

E no Brasil?

Nós aqui podemos nos orgulhar também, pois a primeira smart city inclusiva do mundo, especialmente voltada para moradores de baixa renda, é brasileira e foi inaugurada em 2019. Localizada a 55 quilômetros de Fortaleza, capital do Ceará, a Smart City Laguna possui casas inteligentes e uma completa infraestrutura para seus moradores. 

Confira o site oficial no link abaixo:
 
https://www.planetsmartcity.com.br/projetos/smart-city-laguna/

Outros destaques vão para a cidade de São Paulo, que tem investido em mobilidade urbana com a criação de mais ciclofaixas e corredores de ônibus; e Curitiba, que possui uma frota de Ecoelétrico, carros elétricos que prestam serviços públicos. Mais de 12.264 quilogramas de gás carbônico na atmosfera foram evitados desde a implantação do Ecoelétrico em 2014.

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