Biomimética: a arquitetura baseada na natureza

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As profundas mudanças climáticas e as alterações causadas pelo ser humano obrigam constantemente a natureza a se adaptar, crescer e viver. Podemos notar isso em minerais, plantas, insetos e animais. Toda essa resiliência serve de princípio para a Biomimética, ciência que busca levar para o design esse modo criativo que a natureza encontra para sobreviver em meio às adversidades. Considerada o futuro do design, a arquitetura biomimética – junção do prefixo bio (vida) com a palavra mimesis (imitação) – se baseia nas funções e estruturas biológicas da natureza.

Como a biomimética começou?

Inicialmente focada em eficiência energética, começou a ser implantada nos anos 1990. Podemos destacar países pioneiros como Austrália e Zimbábue, que construíram edifícios inspirados nas nadadeiras das baleias aplicado à geração de energia eólica, construções inspiradas na circulação de ar em cupinzeiros, entre outras.

Como sabemos, a indústria e a construção civil geram muitos resíduos em nossa sociedade. Muitas vezes, esses resíduos são descartados incorretamente na natureza, afetando profundamente o meio ambiente ao nosso redor. A arquitetura biomimética nasceu como o propósito de diminuir ou eliminar esses resíduos gerados nas construções convencionais, ajudando na preservação da natureza.

Formas de uso

A arquitetura biomimética utiliza 3 principais formas de uso: a primeira tem foco na adequação da construção ao local, sem prejudicar ou poluir o meio ambiente circundante, chamado de Funções da Natureza.

A segunda utiliza propriedades estruturais aplicando materiais capazes de lidar com a força climática e ambiental, chamada de Formas da Natureza.

A terceira e última aposta na substituição do tradicional revestimento de construções e sistemas mecânicos por componentes funcionais que aumentam o desempenho da construção, melhorando a adaptação ao meio ambiental. Essa forma de uso se chama Partes da Natureza.

A startup fluminense Nucleário desenvolveu um método de plantio de novas mudas em projetos de reflorestamento inspirado nas bromélias e nas sementes aladas. Isso protege as árvores das formigas-cortadeiras, impede o crescimento de gramíneas invasoras e armazena água para períodos de estiagem. Foto: Nucleário.

Vantagens da arquitetura biomimética

Sustentabilidade

Para uma sociedade ecologicamente corretamente, é importante criar uma relação harmoniosa entre o ser humano e o meio ambiente. Essa é a principal missão deste tipo de arquitetura: apostar em construções sustentáveis que visam conviver em harmonia com a natureza, emprestando dela inspirações em suas formas, medidas e modelos.

Redução das despesas

Para muitas empresas, degradar a natureza pode ser o processo mais simples e barato, mas as consequências são devastadoras. Colocar em risco todas as formas existentes do planeta e o esgotamento dos recursos naturais são apenas algumas dessas consequências. Ao optar pela arquitetura biomimética, você reduzirá despesas. Exemplos disso são projetos de ventilação e iluminação naturais que reduzem gastos energéticos.

Notoriedade

Por ser um tipo de arquitetura que utiliza as formas criativas da natureza em sua essência, as construções biomiméticas acabam ganhando os noticiários da região, atraindo clientes e inspirando outras empresas.

E aí, gostou de conhecer sobre a arquitetura biomimética? No nosso próximo artigo, vamos conversar sobre Smart Cities e sua relação com o urbanismo. Até lá!

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